Segue ele aí embaixo, mas vale a pena ir no blog pra ver pq tá muito mais bonito do que aqui hehe
Um beijo especial e um enorme obrigado à Laura que fez essa entrevista e post com tanto carinho!
V.Z
“Muita gente boa está perdida por aí. Muita gente boa que ninguém nunca ouviu falar.”
Se vocês não se lembram, queridos nerds, esse é um trecho do primeiro post de nosso blog. Além de definir maravilhosamente bem o que é música, nosso amigo Lucas fala várias verdades, essa é apenas uma delas. Complementarei a ideia, dizendo que muitas vezes são essas pessoas que podem contribuir para a “salvação” da música brasileira, entretanto continuam ali, escondidas, trabalhando em sua música com os únicos objetivos (que deveriam ser unânimes) de fazerem o que gostam e tentarem deixar uma marca em alguém. Claro, sempre há exceções, tanto no mainstream quanto no cenário independente, mas como dito, são exceções. Nosso dever em meio a isso tudo, eu acho, é dar um jeito e mostrar essas pessoas o máximo que pudermos. Música e músicos em seus sentidos genuínos, aqueles que o Lucas bem definiu em seu texto, é disso que estou falando.
Há mais ou menos duas semanas, a Mariana aqui do blog me mandou uma mensagem dizendo que havia escutado “Madalena” e que tinha entendido o porquê de eu ter gostado tanto. É o que eu espero que aconteça com todos que ouvirem Unidade Imaginária hoje.
Conheci a banda há pouco tempo, passeando pelos concorrentes de Aposta MTV, no VMB. Por algum motivo anotei o nome de todos para ouvir mais tarde. Gostei de The Name, mas então ouvi Unidade Imaginária, e com o perdão da palavra, fudeu. Adicionei a banda no Orkut, recebi um scrap de agradecimento muito amor, resolvi fazer uma coluna sobre eles e aqui estou.
Conheci a banda há pouco tempo, passeando pelos concorrentes de Aposta MTV, no VMB. Por algum motivo anotei o nome de todos para ouvir mais tarde. Gostei de The Name, mas então ouvi Unidade Imaginária, e com o perdão da palavra, fudeu. Adicionei a banda no Orkut, recebi um scrap de agradecimento muito amor, resolvi fazer uma coluna sobre eles e aqui estou.
Com quatro anos de existência, a banda já foi vencedora do II Unifest Rock em 2009, conquistou uma vaga no festival MADA (Música Alimento da Alma) em 2010 e ainda nesse ano ganhou a votação da MTV de “Novos nomes brasileiros”, na categoria POP, com mais de 57% dos votos. A Unidade se apresentou também na Virada Cultural de São Paulo e no Festival de Rock Feminino de Rio Claro, além é claro, de ter concorrido ao VMB. Também é nesse ano abençoado de 2010 que seu primeiro CD (Alquimia) será lançado, com Leo Morel responsável pela bateria. Não vejo a hora de ouvir, a propósito.
Abaixo, você pode ouvir o CD promocional + Dois é ímpar, que foi colocada na versão CD recentemente no site.
Mas se vocês pensam que o post acabou depois disso, estão errados. Acontece que eu fui cara de pau o suficiente pra mandar um depoimento pro Orkut da banda perguntando se eles poderiam responder duas perguntas. E olha, que lindos eles foram. Quem dera se todos os artistas dessem aos seus fãs a atenção que eles me deram. Eu disse, basta ler a parte sobre a “salvação” da música novamente. Bom, aqui vai essa minientrevista:
L: Quando se trata de música, o Brasil tem um cenário um tanto quanto “padronizado” hoje em dia. As pessoas botam rótulos sem dó nem piedade nas bandas, muitas vezes sem ouvir o que elas têm a dizer. Para a Unidade que tem um estilo completamente diferente do que está ganhando cinco VMBs atualmente, como é tentar conquistar espaço nesse meio? E aproveitando, qual é o diferencial da banda, o que as pessoas encontrarão ao ouvir Unidade Imaginária?
Valentina: Eu discordo um pouco com essa coisa da padronização. Acho que isso é o aparente para quem não tem interesse em ver além do que está na última moda. A música brasileira é riquíssima, mas se você só for ouvir, ler, conhecer e procurar o que passa na televisão, não só na música, mas em toda a sua vida o seu conhecimento se tornará muito limitado e o mundo vai parecer mesmo muito igual e muito pequeno. Há uma tendência a se rotular tudo sim, mas isso é uma coisa eterna, acho que faz parte da mente humana, na hora que se conhece algo novo precisar comparar com alguma coisa parecida que a pessoa já conhece anteriormente. Rimbaud foi criticado nos seus primeiros textos publicados por copiar Victor Hugo! Então não vejo muita solução para este tipo de coisa...
Quanto ao Restart - é deles que você está falando, né? – Eu entendo a indústria, sei que tem muito dinheiro sendo colocado para que eles apareçam em tudo e sejam vendidos e comprados ao máximo. Essa extra-exposição deles é o resquício do trabalho que se fazia anteriormente com vários artistas, mas agora, com menos dinheiro, se faz só com um. Todas as fichas em um jogo só. E bem ou mal, está vendendo, se eles aparecem tanto é porque alguém está comprando. Eu, pessoalmente não gosto, como não gosto de muitas outras coisas até consagradas, mas não desmereço o trabalho deles de maneira alguma.
Outro dia, arrumando meus livros encontrei um marcador de página do Fernando Pessoa com uma frase dele que diz assim “O importante da arte é exprimir; o que se exprime não interessa”. E eu acho que isso vem muito ao caso nessa situação. Se a gente começar a dizer o que pode e o que não pode ser feito, acabamos com a liberdade e acabamos com a arte também.
Sobre a Unidade Imaginária, nós fazemos um trabalho honesto, sincero e feito com muito carinho, do fundo dos nossos corações. Nossas letras todas são muito pessoais e fazemos o som baseado nas influências da vida musical de cada um de nós.
A luta pelo espaço é dura mesmo, você precisa ser muito persistente e acreditar em você mesmo quando tudo diz que nada vai dar certo. Mas acho que isso é comum a todos os ramos profissionais e até pessoais desta Terra.
Nosso novo disco “Alquimia” que vai sair daqui a pouquinho, vai do experimental ao rock pesado, passando pelo ska-rock e indo até canções introspectivas, para se escutar sozinho no escuro. O “diferencial” da banda acho que é o mesmo e único de qualquer artista, a honestidade. Quando você é honesto com a sua verdade e consegue expressar aquilo, você se torna diferente, pois nesse mundo ninguém é igual. Eu não sei o que as pessoas encontrarão ao ouvir nosso trabalho, mas eu sinceramente espero que elas encontrem a elas mesmas.
Viram, né? É facil gostar de Unidade Imaginária, apreciar a voz linda e tranquila da Mariana, ouvir uma música inteira prestando atenção só no que a Valentina faz no baixo - e encantando com o resultado, diga-se de passagem - e admirar os solos do Leo, querendo aprender logo a tocar guitarra pra tentar fazer algo parecido. Pra mim foi fácil. Espero que seja pra vocês também.
Lembram-se da genuinidade da qual eu falei? Talvez seja a característica mais marcante na Unidade Imaginária.
“Eu sempre gostei de comparar uma banda com um barco a remo. Alguém tem que segurar o leme e dar a direção, alguém tem que contar o tempo para que todos remem juntos e quanto mais gente remando, mais rápido e longe se vai. Cada um de vocês que está agora lendo essas palavras tem nas mãos um remo do barco da Unidade Imaginária. Se não fosse pelo esforço de todos JUNTOS nós não teríamos conquistado nada, nunca.” Valentina Zanini
Se você gostou da banda, pode pedir que ela vá tocar no Acesso MTV (@acesso_mtv), baixar o CD promocional e se for de São Paulo, ir no próximo show deles, que vai acontecer no dia 09/10 no Clube Outs.
Espero que vocês gostem da banda e saiam espalhando o som deles por aí. Eles merecem, de verdade.
Primeiro clipe da banda, Madalena.
http://music.mtv.uol.com.br/artista/unidade_imaginaria/videos/531318/madalena
Obrigada mais uma vez à banda pela atenção e pela entrevista. Vocês são fodas.
Por Laura.
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